Tantra – origem
Tantra é um termo masculino, no idioma sânscrito. O termo tem sua origem nas palavras TANOTI (expansão) e TRAYATI (consciência), evocando a possibilidade de crescimento da consciência através do Sádhana (prática).
Como a cultura foi passada oralmente, existe a dificuldade para se estabelecer épocas e fatos no Tantra. Pode-se afirmar que cerca de três mil anos antes de Cristo, o Tantra florescia no Vale do Indo, em Mohenjo Daro, na era da cultura Harappa, da qual são encontrados vestígios raros, porém importantíssimos do ponto de vista histórico.
As descobertas do Vale do Rio Indo esclarecem que essa Cultura Matriarcal foi, possivelmente, a mais antiga do planeta. Os vários objetos lá encontrados já mostravam figuras esculpidas ou desenhadas com formas e imagens que evocavam práticas tântricas, para desenvolver a Kundalini. Foram encontrados ainda, objetos usados no culto à fertilidade que, sem dúvida, acabaram por originar o Sádhana Tântrico e toda a sistemática do Tantra em relação à sexualidade.Os Textos Tântricos estão entre os mais antigos do hinduísmo e do budismo
Este povo, denominado drávida, que antes fora uma nação matriarcal, passa ao patriarcado após a invasão dos arianos e, tendo vivido sob filosofia liberal, sente agora o jugo da repressão moral. O Tantra é encoberto.
Os shaktas, povo que vive atualmente na região da Caxemira, na Índia, seriam os descendentes dos drávidas e reivindicam para si a honra de deter a essência do Tantra. Hoje o culto shakta desfruta de grande popularidade entre os hindus. As maiores concentrações de praticantes do Tantra encontram-se nas cidades de Assam, Bengala, Maharashtra, Caxemira, Radjasthan, no lado noroeste do Himalaia, e em alguns pontos do sul da Índia.
A influência do tantrismo se faz perceber hoje, em praticamente todas as correntes filosóficas hindus, bem como no Japão e Coréia (Zen e Sun tântricos) na China (taoísmo tântrico), e no Tibet (budismo tibetano). Conceitos de práticas tântricas também são utilizados pelos Rosa Cruzes, pela Eubiose, Gnose, Teosofia e outras escolas iniciáticas. Na área psicológica, algumas de suas formulações foram incorporadas pelos psicólogos transacionais, e pelo psiquiatra suíço Carl Gustav Jung, que também estudou e desenvolveu uma teoria sobre as mandalas.
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